domingo, 9 de novembro de 2008

VAMOS MUDAR NOSSAS PRÁTICAS...

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Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno. E ela era uma grande escola. Mas quando o menininho descobriu que podia ir a sua sala, caminhando, através da porta, ele ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes. Uma manhã, quando o menininho estava na escola, a professora disse: - Hoje nós iremos fazer um desenho. - Que bom! pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele poderia fazer de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens, barcos,; e ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse: - Esperem! Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos. - Agora - disse a professora - nós iremos desenhar flores. - Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seu lápis cor de rosa, laranja e azul. Mas a professora disse: - Esperem! Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com o caule verde. No outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse: - Hoje nós iremos fazer alguma coisa com barro. - Que bom! pensou o menininho, ele gostava de barro. Ele podia fazer todas as coisas com barro: elefante, camundongos, carros e caminhões. Ele começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse: - Esperem! Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos. Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato. - Que bom! pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse: - Esperem! Eu vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. - Assim - disse a professora - Agora podem começar. O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato do que o da professora. Mas ele não podia dizer isso. Ele amassou o seu barro numa grande bola novamente, e fez um prato igual o da professora.Era um prato fundo. E muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si próprio. Então aconteceu de o menino e sua família mudarem-se para outra casa, em outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola. Esta escola era maior do que a primeira. E não havia porta da rua nesta escola. E no primeiro dia ele estava lá. A professora disse: - Hoje nós faremos um desenho - Que bom! pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava na sala. Foi até ele e falou: - Você não quer desenhar? - Sim, disse o menininho, o que é que nós vamos fazer? - Eu não sei, até que você o faça, disse a professora. - Como eu posso fazê-lo? Perguntou o menininho. - Da maneira que você gostar, disse a professora. - De que cor? - Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu vou saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um? - Eu não sei, disse o menininho. E ele começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde.

Um comentário:

Cleusa disse...

Incrível como os anos passam... Li e ouvi este poema há muito tempo atrás e a mensagem ainda é significativa para o contexto da prática pedagógica, na atualidade. Acredito que muitos professores já superaram a fase da "flor vermelha e caule verde", mas infelizmente ainda temos outros muitos colegas com essa prática.
Penso que as tecnologias atuais (computador e internet) colaboram para propostas de ensino inovadoras. Penso tb, que os novos docentes estão/irão desenvolver outras habilidades para além de desenhar a "Flor Vermelha".
Nossos alunos, certamente, irão exigir um novo perfil de professor e este, por sua vez,naturalmente sentirá a necessidade da mudança. Acredito no potencial do "SER" e em seu processo evolutivo. E, apesar de muitos ventos contra... "VIVA NÓIS". Bjus. Cleusa.